De jovem aprendiz do SENAI à única mulher da turma concluinte da graduação em Tecnologia da Automação Industrial, oferecida pela instituição em João Pessoa. Essa é uma síntese da história da aluna Camila Rodrigues, que aos 23 anos já é fonte de inspiração para outras jovens que estudam ou desejam construir carreira em atividades vinculadas ao setor industrial.
“Ingressei na indústria em 2020, como aprendiz no setor de manutenção, e foi um encanto desde o primeiro contato. Foi no chão de fábrica e na rotina industrial que descobri que realmente gostaria de trabalhar e seguir carreira na área de automação, um universo que é tão lindo e totalmente diferente”, afirmou a aluna, ao recordar como foi o seu primeiro contato com a área que a partir daquele momento conduziria a sua história de formação profissional.
Depois do período como jovem aprendiz do SENAI, Camila deu um novo passo dentro da instituição e se matriculou no curso técnico em eletroeletrônica, também na unidade de João Pessoa. Foi nesse período que ela teve a oportunidade não só de adquirir novos conhecimentos, como também de utilizar a criatividade e a inovação para contribuir com a sociedade, através do programa Inova SENAI.
“No último semestre do curso técnico, eu e mais dois colegas desenvolvemos o projeto Agro Inteligente, que tinha como principal objetivo reduzir o desperdício de água nos grandes setores consumistas, como o setor agrícola. Utilizando a tecnologia de internet das coisas (IOT), o projeto ficou em primeiro lugar na votação popular e foi por meio dele que eu consegui uma bolsa de estudos e ingressei no curso superior de Tecnologia em Automação Industrial”, relatou Camila.
Além de dar um passo importante em sua formação profissional, ao ingressar na graduação da Faculdade SENAI, a jovem estudante também se tornou um exemplo de empoderamento e protagonismo feminino, por ser a única mulher de sua turma. Depois de três anos, e agora concluindo o último semestre, Camila Rodrigues avalia a experiência como desafiadora, mas também de muito aprendizado.
“Tive sorte em ter ótimos colegas na faculdade. No início, pensei que não faria amizades e que talvez pudesse ficar escanteada, mas não aconteceu e eu fui muito bem acolhida pela turma”, recordou a estudante.
Para Camila, apesar da automação industrial ainda ser uma área com predominância de atuação masculina, especialmente em atividades de manutenção, há sim muito espaço para a participação e o desenvolvimento feminino no mercado.
“Ainda existem barreiras a serem quebradas, mas hoje já temos uma realidade em que as empresas, inclusive, abrem vagas afirmativas para mulheres nesse setor, o que é de grande importância para nós”, concluiu Camila Rodrigues, que pretende continuar se aperfeiçoando e crescendo nesse importante segmento do mercado industrial.
Texto/ Colaboração | Déborah Souza
